segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Indo para o trabalho, em Tete

Passa boi, passa boiada...


"A gente ri, a gente chora, ai ai, a gente chora"

Maputo aparece na lista das 10 cidades mais poluídas do mundo

1. Nova Déli, Índia

Lá a mortalidade infantil é muito alta – e a principal causa disso é a poluição. Em algumas áreas da cidade as pessoas convivem com o lixo e cerca de 3 mil toneladas de poluentes são despejadas no ar todos os dias.

2. Mumbai, Índia

Mumbai é conhecida pelo filme “Quem quer ser um milionário” e é uma das mais populosas do mundo. Não há a mínima conscientização por parte do governo em relação ao meio ambiente e estima-se que cerca de 1 bilhão de dólares precisaria ser gasto para recuperar minimamente a cidade.

3. Maputo, Moçambique

60 mil famílias residentes na capital do Moçambique despejam seu esgoto directamente no Oceano Índico.

4. Moscou, Rússia

Pode até ser chocante para alguns ver Moscou nessa lista, mas a capital da Rússia é conhecida por muitos como a cidade com o maior índice de poluição atmosférica do mundo. Por causa disso, muitos de seus habitantes têm problemas pulmonares.

5. Cidade do México, México

Nos anos 40 a Cidade do México era uma cidade muito limpa – era possível ver 100 km a sua frente. Agora, por causa da poluição atmosférica, a visibilidade foi reduzida a 1,5 km. Há muito nitrogênio no ar, o que também dificulta uma respiração eficaz.

6. Lagos, Nigéria

Lagos é a casa de 8 milhões de pessoas e a sede de muitas indústrias. Desde o ar até as ruas – a cidade é completamente poluída.

7. Karachi, Paquistão

A poluição causada pelo aumento da concentração industrial na cidade, seja atmosférica, aquática ou sonora, faz com que 35% da população esteja com a saúde comprometida directamente por esses problemas.

8. Dhaka, Bangladesh

Dhaka é uma cidade muito populosa que enfrenta sérios problemas de poluição aquática. A colecta e destinação dos resíduos sólidos urbanos (basicamente, o lixo) também são praticamente inexistentes. A água é grossa e contaminada por pesticidas e agro tóxicos.

9. Bandar Seri Begawan, Brunei Darussalam

Brunei Darussalan é um pequeno e próspero país da Ásia. O problema é que o ar de lá está comprometido, por causa da grande concentração de veículos.

10. Bagdá, Iraque

Por causa dos conflitos que o país enfrenta, a questão do meio ambiente foi deixada de lado. A queima de combustíveis fósseis e a falta de colecta de lixo fazem com que Bagdá seja uma das cidades mais poluídas do mundo.

Fonte clipping

domingo, 19 de dezembro de 2010

Entre Cabritos e Catarinas...

E assim começou a minha trajetória de volta ao Brasil para o Home Leave de Dezembro.

É Natal, galera, e eu já estou doente por um pisca pisca, ruas iluminadas, Praça da Liberdade cheia até altas madrugadas, cd da Simone tocando "então é Natal" em todas as lojas daqui e dali, grandes pacotes arrastados pelas ruas por pessoas que dividiram em 18 vezes o presente do filhão só pra ver aquela carinha satisfeita, iluminada, reluzente na hora do Papai Noel!

Aqui é outro mundo mesmo.

As diferenças culturais, as marcas da guerra, a pobreza e principalmente os diferentes traços religiosos, influenciam fortemente na tradição a ponto de não se ver uma única manifestação natalina como temo costumes em nossa terra. Ao mesmo tempo que choca um pouco, nos deixa sem referência. Ficamos ávidos pela chegada ao Brasil e percebemos o quanto é forte em nós a cultura do consumo, do marco, da tradição, mesmo que o objetivo principal da renovação cristã a muito tenha se perdido para o profano.

Eu mesma posso confessar que não vejo a hora de me deparar com aqueles velhinhos fofos, redondinhos, iluminados e barbados pelas ruas e portas de loja - nem fico envergonhada de dizer que fico amolecida só de me lembrar da aura que envolve o Natal, os preparativos para a ceia, a expectativa da família reunida, a chance de realizar mais um balanço do que passou e desejar que a mudança venha de fato milagrosa ao amanhecer do novo ano.

Arranquei de Tete nessa pilha, doida para finalizar meu trabalho em Maputo e partir para o Brasil de coração aberto para sanear os pensamentos, a saudade e renovar as energias para a volta.

Mas nos 40 e poucos graus do lotado aeroporto, sem ar condicionado, senti o quanto esses últimos meses aqui me pesaram. O cansaço era tanto que a alegria da partida não conseguia aparecer - e eu suava e me incomodava e só pensava em não me aborrecer, afinal, isso também iria passar.

Bastou entrar no saguão e uma cena literalmente me revirou as vísceras - eram cabritos! Entre as "catarinas" já conhecidas da região, dezenas de cabritos recém abatidos eram revistados pelos oficiais de alfândega de Tete, no mesmo lugar em que revistam as nossas malas, sem a menor cerimônia e absolutamente nenhum tipo de cuidado de higiene - Gente, pra ser sincera, a cena era nojenta! Naturalmente que aqueles cabritos haviam sido abatidos a pouco e esvaíam sangue e água. O mau cheiro daquela carne morta, somado ao "futum" de centenas de pessoas suadas e sujas de um dia quente em Tete, tornou aquele lugar insuportável, muito mais do que qualquer outro que eu já houvera visitado - nem o Kwacena, mercado ao ar livre de Tete, pavoroso, soava tão mal em minha memória quanto aquela cena toda - o último que alguém espera de um aeroporto. Nem na menor cidade que eu já houvera visitado vi e vivi nada parecido nos terminais rodoviários - era patético passar por aquilo tudo. E não pensem vocês que eles embalariam os cabritos em caixas térmicas, isopor ou algo parecido. Mal mal enrolaram os corpos num papelão, passaram fita e despacharam como fazem nos Chapas que transitam livremente entre Tete e Moatize.



E lá fomos nós, depois do atraso, do futum, das crianças correndo pelo avião como se tivessem no playground, da mãe que ligou o celular em pleno vôo para fotografar o pentelho correndo pelos quatro cantos do avião com o consentimento da aeromoça, amiga da tal mãe... Enfim... Parecia o vôo do Cão!

Mas às 21h aterrissamos em Maputo, graças a Deus, a salvos. Tudo tinha dado certo, não?!



Não!

A beira da esteira que traria as malas do avião o mal cheiro anunciava que o vôo procedia de Tete, terra do cabrito. Como fedia, meu Deus, como fedia!Se eu pudesse, sairia a francesa e deixaria a minha mala a quem mais interessasse - ganharia o mundo com a roupa do corpo mesmo, faria melhor para o meu psiquismo.



Mas ainda não me desprendi o bastante e possuía itens ali dos quais ainda necessitava. Fiquei 20 intermináveis minutos em meio aquela gente suada e igualmente cansada, esperando seus pertences, mesmo que fossem cabritos. E ao rolar da esteira, o primeiro e "encarniçador futum" se espalhou no ar feito bomba de efeito moral - bummmmmmmm... O fedor tinha cor, feito nos desenhos animados quando a fumacinha fedorenta acompanha o gambá. Esse era assim, fumacinha acompanhando as malas na esteira.

Impressionante acreditar que, das 100 pessoas presentes, 99 ficaram fedidas e empestadas porque uma resolvera brindar a família com uma cabritada importada de Tete, pode?

E lá veio a minha mala, tão empestada quanto as outras, molhada daquela salmoura nojenta a ponto de nem o lacre de insulfime do aeroporto conseguir proteger de penetrar no bom tecido todo aquele combinado.



Conclusão: Fazem dois dias que a minha coitada está na varanda, tomando a fresca dia e noite entre borrifadas de bom ar e todos os produtos de limpeza que encontrei, para ver se chego em Guarulhos na terça sem levar na testa, digo, na mala, uma insígnia - fedeninha!

Concluí com isto que o meu senso de humor é grande responsável por eu ainda estar nesta terra, agradeci por meu vôo para o Brasil só sair na terça - ganho tempo para me livrar do "bito", fiquei brava por ter ganhado o ônus e ficar sem o bônus - puxa! Depois de ficar com a inhaca, bem que podia ter levado pelo menos um pernil! E, pela primeira vez em muito tempo, senti saudade da "catarina". O cabrito cheirava pior!



Exausta, apelo - Mãe! Eu como até frango no Natal, mas não faz cabrito não, pelo amor de Deus!

Já instalada, porém, e, quase refeita, consigo rir dessa desventura - com música de fundo, paro e ouço. Penso que seja o meu anjo de guarda personificado na divina e saudosa voz da Cássia Eller, a me ninar...

"Nem desistir nem tentar, agora tanto faz... Estamos indo de volta pra casa!"

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Mais uma nuance...

Tete de 15 dias atrás


Tete de hoje



É realmente impressionante o poder de reação da natureza.
Aqui nesta terra então, é de encabular os olhos e sentidos - antes, a aridez da cansativa paisagem monocromática, amarela, esparsa. Bastou um sopro úmido no ar elevando a umidade relativa para milhares de cores brotarem dos esqueletos pálidos das árvores. Quando a chuva caiu, trouxe consigo diferentes pássaros e outros tantos pequenos habitantes, que, alegremente circulam pelos ares, terra e água, destilando vida!



Quantas borboletas, pirilampos, andorinhas, mariposas, caramujos, quanta vida onde não julgávamos mais qualquer possibilidade...

E o verde?! São muitos, muitos tons de um verde lindo, vivo, majestoso, encantador.

Nem o calor desanima os animados bichinhos que parecem o tempo todo festejarem a fartura alimentar e ecossistêmica trazida pelas chuvas.

É um tapa de luvas de pelica! Em meio a tanta miséria, tanta pobreza, tantas necessidades das ordens mais básicas, a natureza desfila sua música e poesia pelos quatro cantos, injetando mais coragem, mais ânimo, mais motivação nos meus dias cheios e saudosos.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

No caminho para o trabalho...

Dia de trabalho, saímos para o Projeto logo cedo, após os tradicionais 60 minutos aguardando a Ponte ser liberada para o tráfego. O tempo estava nublado e quente e a paisagem era esta...

 Eu e o Gilson

Gente, isso deve pesar o equivalente
a mais de uma pessoa


Esses cabritinhos ficam todos os dias de lá para cá no asfalto,
todos renitentes! 

    Na entrada do projeto tem uma pedreira e do lado de fora dela, mulheres e crianças quebram pedras em cascalhos e vendem para compradores que param suas carrinhas em busca de insumo para construção a baixo custo.

Mais mulheres pelo caminho, levando lenha


 Andorinhas na fiação de luz

 Neste dia havia milhares delas

              Na ponte do rio Rovubwe, mulheres e crianças se banham, lavam roupas e panelas 
Notem o rio quase seco.

Boizins - Poucos dias atrás estava tudo completamente amarelo, seco, árido. Bastou uma ameaça de chuva para aumentar a
umidade do ar e as folhas verdes voltaram às árvores


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Enquanto isso no Brasil

Olha só que beleeeeza! Maria de Lourdes, Milu, a pincherzinha da minha Mãe, agora é mamãe. E das mais zelosas.
Depois de 12 horas sofrendo as dores do parto nasceram 4 belezinhas, 2 machos e 2 fêmeas.
Vovó e vovô são só alegria!
Ai que saudade de lá...






segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Sábado do Milagre...

Era um Sábado como outro qualquer, quente, e, como todos os dias em Tete, sem maiores novidades.

Resolvemos botar fora o camarão do freezer e fazer uma moqueca moçambicanizada, uma vez que leite de coco, coentro e panela de barro, essenciais para uma típica moqueca capixaba, aqui, "já não há"!

Enquanto eu mexia as panelas, a galera agitava a cachaça com limão daquela caipirinha deliciosa com sabor de pinga mineira, lá de Pitangui.

Fizemos o ajantarado - almoço que sai na hora do jantar - e fomos nos refrescar no Poço - a piscina lá de casa. Nossa amiga goiana, aprendeu com "os antigos" que passarinho voando baixo é sinal de chuva e tentou nos alertar. Nós, aos risos, caçoamos da sua sabedoria, afinal, chuva em Tete só em dia de milagre do grande.

Ainda não descobrimos o milagre, tão pouco o santo da façanha, mas que choveu, choveu! E nós nem arredamos pé de dentro dágua, afinal, era chuva, em Tete!

Os menos animados acenderam as velas lá dentro para saudar o pai do milagre e de quebra garantir iluminação mínima.

Energia elétrica? Aí também é querer demais, né?!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Tem boi na linha...

Cena corriqueira...
Na ida para o refeitório.

Foto do Nokia E71 da Fernandinha - Valeu!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Final de semana em Tete

Depois da visão do termômetro, cenas de um final de semana pra lá de bucólico em Tete.

Inauguramos a piscina da casa da Roberta e do Marcel, com churrasquinho, cerveja e calor, muito calor!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Algumas notícias - AIDS - SIDA em Mz

A Sida em Moçambique


Segundo estimativa do Conselho Nacional de Combate ao HIV (CNCS), de Moçambique, 1,6 milhão de pessoas tem o vírus HIV no país, dos quais 37% são homens, 54% são mulheres e 9% correspondem a crianças. O grupo com maior vulnerabilidade é o das mulheres: seis em cada dez portadores de HIV são do sexo feminino.

As faixas etárias com maior risco são de 15-29 e de 20-24 anos, nas quais as mulheres têm aproximadamente três vezes mais chance de adquirir a doença do que os demais.

De acordo com um relatório do CNCS, apesar da expansão significativa dos serviços de tratamento antirretrovirais (TARV), a cobertura para quem necessita deste tipo de serviço ainda é baixa em Moçambique. Cerca de 374 mil adultos e 72 mil crianças estão no estágio avançado da doença e necessitam de TARV, mas apenas 42% e 19%, respectivamente. Fonte Clubofmozambique.

Presidente do Brasil visita laboratório em Moçambique e embarca para Seul

No último compromisso antes de deixar Moçambique em viagem para Seul, onde vai participar na cúpula do G-20, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, visitou as futuras instalações da fábrica de remédios contra a Aids/Sida, que está sendo montada com patrocínio do governo brasileiro.

Depois de uma espera de sete anos, a primeira máquina foi instalada para treinamento.

A mineradora brasileira Vale anunciou que irá ajudar o governo moçambicano a completar o valor necessário (U$ 4,5 milhões, aproximadamente R$ 7,6 milhões) para as adequações do prédio que vai abrigar os laboratórios. O investimento do governo brasileiro foi de R$ 13,6 milhões. A meta é produzir 250 milhões de comprimidos até 2012. Fonte África21digital.

Tete - Clínicas nocturnas atendem casos do HIV/SIDA

Duas clínicas nocturnas vão entrar em funcionamento nos princípios do próximo ano nos municípios da cidade de Tete e da vila de Moatize. A entrada em funcionamento das referidas unidades se insere na implementação do programa “Estamos Juntos” destinado à mitigação do impacto da propagação do HIV/SIDA naquelas duas urbes.

Muito recentemente a USAID, Fundação Vale e Consórcio de Moatize assinaram um memorando de entendimento visando a implementação do programa que se espera atenda um universo de 190 mil habitantes dos dois pontos abrangidos na província.

Para a construção daquelas unidades sanitárias foram já disponibilizados 108 mil dólares norte-americanos valor inicial para a execução do projecto. No quadro do memorando, as partes acordaram unir esforços para atingirem os objectivos preconizados no programa apoiando as actividades de prevenção e combate ao HIV/SIDA.

O gerente de Comunicação e Desenvolvimento da empresa Vale, em Moatize, Adriano Ramos, disse ao nosso Jornal que a iniciativa visa, essencialmente, diminuir a propagação progressiva da epidemia de HIV/SIDA, uma situação que afecta o desenvolvimento económico e social do país.

Numa primeira fase, as partes pretendem apoiar a constituição e formalização de comissões sectoriais e o conselho de gestão do programa, com o desenvolvimento conjunto de um projecto inicial que apoiará a sua implementação e funcionamento, por um período de três anos das duas clínicas nocturnas a serem instaladas na vila de Moatize e cidade de Tete.

O projecto, com enfoque na promoção da saúde pública, irá disponibilizar informação sobre saúde reprodutiva e serviços de acordo com o horário de funcionamento das clínicas estabelecido pelos grupos de risco e propensos ao HIV/SIDA, incluindo as profissionais de sexo, transportadores do Projecto Carvão de Moatize e a comunidade em geral.

“As clínicas proporcionarão aconselhamento, testagem, rastreio e tratamento, educação sobre HIV/SIDA, prevenção, para além de uma forte componente de informação estratégica. Todo este trabalho será feito em coordenação com as autoridades municipais da cidade de Tete e vila de Moatize, com particular destaque para as direcções provincial e distritais da Saúde”, disse Adriano Ramos.

Entretanto, a Fundação Vale e Consórcio Moatize disponibilizarão uma equipa técnica para integrar a associação técnica do programa “Estamos Juntos” a qual vai prestar o apoio necessário nas áreas de medicina, psicologia, educação, administração, gestão de projectos, logística, comunicação, engenharia e construção civil.

Por outro lado, a assistência disponibilizada pela USAID, segundo indica o documento de entendimento é considerada como um dos apoios dos Estados Unidos de América a Moçambique, inseridos no acordo rubricado entre os governos dos dois países. Fonte Portal Notícias.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Notícias d´O País

"Vale enfrenta dificuldades para usar linha de Sena

O projecto de carvão prevê um investimento de 1.3 bilião de dólares, em Tete

A mineradora brasileira Vale revelou, ontem, estar a enfrentar dificuldades nas negociações com a concessionária indiana RITES, para usar a linha de Sena no escoamento do carvão de Moatize, na província de Tete, previsto para o primeiro semestre de 2011. De acordo com o presidente da Vale, Roger Agnelli, “há má vontade” por parte dos concessionários da linha-férrea de Sena.

“Estamos a conversar com o Governo. Mas com a empresa concessionária (RITES) estamos com as negociações difíceis”, avançou Agnelli, em exclusivo ao “O País”, quando saía do encontro mantido ontem entre o presidente brasileiro, Lula da Silva, e representantes de empresas brasileiras com investimentos em Moçambique.

O presidente da Vale reconheceu que a falta de consenso nas negociações com a empresa indiana pode comprometer o início de operação do projecto de exploração de carvão, na medida em que, numa primeira fase, só a linha de Sena estará disponível para o escoamento da produção de Moatize. Mas espera que prevaleça o bom-senso, de modo a que o mega-projecto não seja inviabilizado.

“Espero que a gente termine logo (as negociações), de forma a que a pequena parte, que é a questão da ferrovia, não atrapalhe o projecto no seu todo, porque pode comprometer o início de operação do empreendimento”, realçou Roger Agnelli.

Os dados da Vale mostram que a exploração de carvão em Moatize vai significar entre 600 milhões e um bilião de dólares de divisas anuais para Moçambique. “Portanto, muda a médio e logo prazos a perspectiva do país, e não é uma questão de concessão ou negociação que tem sido levada sob ponto de vista técnico, de forma duvidosa, que possa vir a comprometer ou atrapalhar todo o projecto”, desabafou o gestor.

Constrangimento...

A Vale importou, em Outubro último, uma locomotiva moderna para usar nas suas operações em Moçambique, mais concretamente no escoamento de carvão através da linha de Sena. Sucede, porém, que a concessionária indiana da linha de Sena recusa que a companhia use esta locomotiva na linha sob sua gestão. “A gente trouxe uma locomotiva moderna, e a concessionária indiana disse que esta locomotiva não passa pela linha-férrea. É uma coisa que não tem sentido, pois nós (Vale) operamos e administramos mais de 11 mil Km de ferrovia, com mais de 1 500 locomotivas rondando no Brasil e no mundo inteiro, por isso, não faz sentido o que eles estão colocando”, realçou, visivelmente agastado. “O que acontece é que a gente quer andar rápido, mas não tem conseguido nestas negociações”, acrescentou.

Questões ligadas às tarifas nas operações de escoamento de carvão de Moatize têm também criado crispação nas relações entre a RITES e a Vale, na medida em que a companhia brasileira não concorda com a proposta avançada pelos indianos, alegadamente por ser incomportável. “A gente não vai ratificar uma tarifa que vem afectar todas as outras operações de carga, a geral, por exemplo, e outras cargas, simplesmente porque o concessionário acha que o retorno dele tem de ser extraordinário. O retorno tem de ser compatível com a operação e viabilize o resto dos investimentos na ferrovia, mas que não se tenha vontade de extrapolar ganhos numa operação em que os interesses de todos nós e, sobretudo, de Moçambique estão em jogo”, disse Agnelli."

http://www.opais.co.mz/index.php/politica/63-politica/10729-vale-enfrenta-dificuldades-para-usar-linha-de-sena.html

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Fotos da festa a fantasia!

E Tete ficou "chapa quente".


Espaço democrático é isto: Índio, pagodeiro e indiano,
tudo junto e misturado
 Noiva de vermelho, Jhones, Múmia, Cirurgião,
bruxa e anjo, juntos também...
 Os aniversariantes da vez! Parabéns!!!
Ana Márcia, Patrícia, Thiago e Léo
 As meninas aí, dando um show de bola! Melindrosa e Maia!
 Com o Volverine!

 "Crocodilos na estrada" representado!

Indiana , kárita e Jones 
 Anjo e rambo (...) rs...
 Lady Gaga


Depois posto mais, a internet tá uma carroça hoje, pra variar!

O crédito das fotos é todo da Fernandinha, ou será da Melindrosa?!

A festa que eu não fui... Ou não me viram?

É, a vida é mesmo assim...

Uma caixinha de surpresas, como bem disse Joseph Climber.

A gente passa um tempão esperando alguma coisa para fazer nesse marasmo redundante de Tete, porque falar que Tete é um marasmo é o mesmo que dizer entrar para dentro ou sair para fora. Fica o tempo todo ansiando por algo a fazer e quando aparece, o que é?

Uma festa a fantasia!!!

Ual! O máximo! Todos pensando no melhor traje, todos combinando de onde virão os adereços e cada um mais preocupado que o outro se o traje vai fazer sucesso ou não, se vai soar original, se arrancará espanto, alegria, ou que emoção dos participantes do evento mais esperado de Tete.

Eu, boa mineira que sou, arquitetei a fantasia mais sensacional de todas, afinal, a tônica da festa a fantasia é justamente não ser reconhecido, não?!

E foi assim que fiz - fantasiei-me de mulhere invisível!

Deu tão certo que ninguém me viu... :(

Agora, passados dois dias, não sei mais dizer se isto é bom ou ruim, todo mundo chega reclamando da minha suposta ausência. Na próxima vou pensar melhor nisto, eu prometo!

E a vida?!

A vida é uma caixinha de surpresas...





sábado, 6 de novembro de 2010

Era uma vez uma vaca...

Entre outras milhares de coisas que só acontecem em Tete, aí está uma...

Foto cedida pelo colega Fernando Lara - ele jura que é de verdade!

domingo, 31 de outubro de 2010

Lisboa - Parte IV

Pavilhão do Conhecimento

Oceanário
Pinguins

Teleférico com uma vista de tirar o fôlego

Ponte sobre o Tejo

Estação Oriente - Integração com o Metro